A Polícia Federal (PF) deve concluir hoje o relatório sobre a investigação da tentativa de golpe de Estado em 2024. Fontes policiais indicam que o documento indiciará o ex-presidente Jair Bolsonaro e diversos assessores, além de militares envolvidos no planejamento e na tentativa de execução do golpe para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A investigação aponta para a participação de diversos indivíduos na elaboração e execução do plano golpista.
O relatório será encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o enviará ao Procurador-Geral da República, Paulo Gonet. Gonet decidirá se há elementos suficientes para apresentar uma denúncia diretamente ao STF ou se serão necessárias novas investigações. Embora fontes indiquem que o relatório será contundente na responsabilização dos envolvidos, não haverá, pelo menos inicialmente, pedidos de prisão preventiva. A possibilidade de complementação do relatório, contudo, permanece, principalmente após os desdobramentos da Operação Contragolpe.
Apesar das declarações públicas de aliados de Bolsonaro minimizando a gravidade da situação, nos bastidores há um clima de apreensão e tensão. A expectativa de indiciamento do ex-presidente e de figuras importantes de seu governo, como os generais Braga Netto e Mauro Cid, gera preocupação entre os apoiadores. A audiência de Mauro Cid com o ministro Alexandre de Moraes também é um ponto de atenção, pois ele pode fornecer novas informações relevantes para a investigação.
A audiência de Cid com o ministro Moraes visa esclarecer se ele irá continuar cooperando com as investigações ou se manterá em silêncio, conforme suspeitas da PF. A decisão de Cid tem o potencial de influenciar significativamente os desdobramentos do relatório final e as consequências para os envolvidos na tentativa de golpe. A PF investiga se Cid estaria omitindo informações cruciais sobre o planejamento golpista durante o governo Bolsonaro.