Polícia Civil deflagra operação contra grupo investigado por estupros virtuais e ataques a escolas

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Ação marca estreia do Núcleo de Observação e Análise Digital - Foto: Mikhail Nilov/Pexels

A Polícia Civil de São Paulo realizou nesta sexta-feira (29) a Operação Nix, uma ofensiva nacional que ocorre em cinco estados brasileiros: São Paulo, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia e Minas Gerais. O objetivo é desmantelar uma organização criminosa acusada de pedofilia, estupros virtuais e incitação a ataques a escolas. A ação também marca a primeira operação do Núcleo de Observação e Análise Digital (NOAD), recém-criado pela Secretaria de Segurança Pública para monitorar crimes na internet.

Ao todo, foram cumpridos dois mandados de prisão temporária, quatro de apreensão contra adolescentes e 10 mandados de busca e apreensão. Os suspeitos são acusados de divulgar conteúdo sexual envolvendo menores de idade e incitar automutilação e suicídio em suas vítimas. Além disso, há indícios de que o grupo tenha planejado ataques violentos a instituições de ensino.

De acordo com o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, os criminosos atuavam em plataformas digitais como Telegram e Discord, aproveitando o aparente anonimato da internet. “Eles não são criminosos comuns, mas pessoas que levam uma vida aparentemente normal, enquanto na internet cometem crimes terríveis contra crianças. O diferencial da operação foi comprovar o vínculo entre eles como parte de uma organização criminosa”, explicou Derrite.

O decreto que institui o NOAD foi publicado nesta sexta-feira no Diário Oficial do Estado. O núcleo reúne agentes das polícias Civil, Militar e Técnico-Científica, com a missão de monitorar redes sociais, fóruns e plataformas digitais para identificar criminosos que atuam no ambiente virtual. O trabalho inclui o levantamento de provas e a elaboração de relatórios que subsidiem operações policiais.

A criação do NOAD reflete uma necessidade de adaptação à criminalidade contemporânea. “Os criminosos estão migrando para o ambiente digital, acreditando na impunidade do anonimato. Mas nossas forças de segurança estão preparadas para desmascará-los e evitar que esses crimes virtuais continuem causando danos irreparáveis às vítimas”, concluiu o secretário.

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