Nos últimos dias, os estados do Sudeste do Brasil têm registrado temperaturas próximas a 40°C. Especialistas atribuem esse calor extremo ao especificamente conhecido como aquecimento adiabático.
O que é o aquecimento adiabático?
O aquecimento adiabático ocorre quando o ar desce na atmosfera e é comprimido, aumentando sua temperatura sem troca de calor com o ambiente externo. Esse processo é comum em áreas de alta pressão atmosférica, onde o ar seco impede a formação de nuvens, permitindo maior incidência de radiação solar sobre a superfície terrestre.
Impactos no Sudeste
A combinação de baixa nebulosidade, sistemas de alta pressão e aquecimento adiabático tem intensificado o calor na região. Além disso, as mudanças climáticas globais ocorrem para maior frequência e intensidade dessas ondas de calor, afetando a saúde pública e os recursos hídricos.
O aquecimento adiabático está diretamente ligado à formação de zonas de alta pressão, que inibem a circulação de ar e cria condições para temperaturas elevadas. Quando o ar é solicitado a descer, sua compressão eleva a temperatura, dificultando a formação de chuvas. Essa situação agrava a sensação térmica e provoca períodos de estiagem.
No caso do Sudeste, as características têm sido intensificadas pela presença de uma massa de ar seco estacionada sobre uma região, bloqueando frentes frias e prolongando o calor extremo.
Consequências para a população
Os efeitos desse calor prolongado incluem maior risco de desidratação, aumento de internações por problemas de doenças e cardiovasculares e impactos no abastecimento de água. As autoridades recomendam evitar a exposição ao sol nos horários mais quentes e intensificar a hidratação.
Além disso, o setor agrícola pode sofrer prejuízos, com perdas nas colheitas e dificuldade para irrigar plantações devido à redução no volume de chuvas.
Tendências climáticas e o futuro
Meteorologistas alertam que episódios de calor extremo, como o provocado pelo aquecimento adiabático, podem se tornar mais frequentes devido ao aquecimento global. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) aponta que ondas de calor têm sido mais intensas e tensas nas últimas décadas.
Adotar medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e políticas planejadas de adaptação às mudanças climáticas são ações essenciais para mitigar os impactos futuros.