A ministra da Saúde, Nísia Trindade, reafirmou nesta quarta-feira (13), em audiência pública na Câmara dos Deputados, o compromisso do governo com o Sistema Único de Saúde (SUS). Questionada sobre possíveis cortes no orçamento da saúde para 2025, Nísia ressaltou que apenas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidirá sobre ajustes financeiros.
“O presidente Lula tem compromisso declarado com os programas sociais, inclusive com o SUS”, afirmou a ministra, destacando que o governo trabalha com prioridades que respeitam tanto as necessidades da população quanto a responsabilidade fiscal.
A audiência pública foi realizada conjuntamente pelas comissões de Saúde e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara. Proposta por parlamentares de diferentes partidos, o encontro visou discutir o orçamento da saúde e a sustentabilidade das ações do SUS.
Proposta de Corte e Questionamentos
A proposta de cortes de gastos do governo para 2025, que inclui áreas como saúde, educação e assistência social, gerou preocupação entre os parlamentares. Durante o debate, o deputado Dr. Frederico (PRD-MG) cobrou da ministra mais clareza sobre a possibilidade de cortes no Ministério da Saúde.
“Há muitos anos, o SUS enfrenta dificuldades devido ao subfinanciamento”, respondeu Nísia Trindade. “O presidente Lula assumiu com o compromisso de fortalecer o orçamento do SUS”, pontuou, destacando a relevância dos investimentos para garantir o acesso universal à saúde.
Balanço e Avanços
Ao fazer um balanço da gestão, a ministra mencionou iniciativas para fortalecer o SUS e recuperar programas que, segundo ela, foram prejudicados na administração anterior, como as campanhas de vacinação.
“Reconstruímos um SUS que prioriza o cuidado das pessoas”, afirmou Nísia. A ministra destacou ainda a retomada da cobertura vacinal e o reconhecimento recente de que o Brasil está livre do sarampo, rubéola e síndrome da rubéola congênita.
Descarte de Vacinas
Deputados questionaram o descarte de vacinas próximas ao vencimento. Nísia esclareceu que os estoques foram herdados do governo anterior e estavam perto de expirar. Segundo ela, a falha na distribuição causou esse acúmulo.
A audiência contou com a participação de 22 parlamentares, sob a presidência dos deputados Dr. Francisco (PT-PI) e Joseildo Ramos (PT-BA), que lideraram o debate nas comissões responsáveis.