Um médico foi preso em flagrante na manhã do sábado (2) em Campinas, após invadir e vandalizar a histórica Capela Cristo Operário. À polícia, ele afirmou que estava sob o efeito de ketamina, um potente anestésico, misturado com álcool. O ato de destruição chocou a comunidade e causou danos significativos ao patrimônio religioso.
Cenário de destruição
A Polícia Militar foi acionada por uma testemunha que viu o homem arrombar a porta da capela. Ao chegarem, os agentes encontraram um cenário de devastação: imagens sacras quebradas, um crucifixo arrancado da parede e jogado no chão, móveis revirados e hóstias consagradas espalhadas. O sacrário, local sagrado para os católicos, também foi violado.
Investigação por danos e ofensa à fé
Detido em flagrante, o médico foi levado à delegacia, onde confessou o uso das substâncias. Após passar por audiência de custódia, ele foi liberado e responderá em liberdade. A Polícia Civil investigará o caso pelos crimes de dano qualificado (por destruir patrimônio de valor histórico e cultural) e vilipêndio a objeto de culto religioso. A Arquidiocese de Campinas lamentou o ocorrido e classificou o ato como uma “profanação”.
Por que isso importa
O caso vai além de um simples ato de vandalismo. Ele representa um ataque a um patrimônio histórico e a um símbolo de fé para a comunidade de Campinas. Além disso, acende um alerta grave sobre o uso recreativo de substâncias perigosas como a ketamina, cujos efeitos dissociativos e imprevisíveis podem levar a atos de extrema violência e descontrole, independentemente da formação ou classe social do usuário.