Em 2024, o setor agrícola brasileiro registrou um recorde na liberação de agrotóxicos e defensivos biológicos, marcando um crescimento de 19% em relação ao ano anterior. Após uma queda em 2023, o número de produtos aprovados voltou a subir, refletindo as demandas do agronegócio por soluções que equilibrem produtividade e sustentabilidade.
Crescimento de defensivos biológicos
Um dos destaques do ano foi o aumento na liberação de defensivos biológicos, que representaram 30% do total de registros. Esses produtos, considerados menos agressivos ao meio ambiente, têm ganhado espaço no mercado como alternativa aos agrotóxicos tradicionais. Especialistas apontam que a tendência reflete uma mudança no perfil do consumidor e a pressão por práticas agrícolas mais sustentáveis.
Agrotóxicos tradicionais ainda dominam
Apesar do avanço dos biológicos, os agrotóxicos convencionais continuam sendo a maioria dos produtos liberados. Em 2024, foram registrados 450 novos agrotóxicos, muitos deles com princípios ativos já utilizados no mercado internacional. O governo federal justifica a liberação como necessária para garantir a competitividade do agronegócio brasileiro, um dos pilares da economia nacional.
Impactos ambientais e sociais
A liberação recorde de agrotóxicos reacendeu o debate sobre os impactos ambientais e à saúde humana. Organizações ambientalistas criticam a velocidade das aprovações, alegando que o processo pode não considerar adequadamente os riscos associados. Por outro lado, representantes do setor agrícola defendem que os produtos são essenciais para o controle de pragas e doenças, garantindo a segurança alimentar e a rentabilidade dos produtores.
Perspectivas para 2025
Com o crescimento do mercado de defensivos biológicos e a manutenção da demanda por agrotóxicos tradicionais, a tendência é que o setor continue em expansão. Especialistas sugerem que políticas públicas e investimentos em pesquisa podem acelerar a transição para modelos mais sustentáveis, alinhando produtividade e preservação ambiental.