Liberação de novos agrotóxicos bate recorde em 2024

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Registro de novos produtos no setor agrícola cresce 19% em relação a 2023, com aumento significativo de defensivos biológicos - Foto: Aleksander Dumała/Pexels

Em 2024, o setor agrícola brasileiro registrou um recorde na liberação de agrotóxicos e defensivos biológicos, marcando um crescimento de 19% em relação ao ano anterior. Após uma queda em 2023, o número de produtos aprovados voltou a subir, refletindo as demandas do agronegócio por soluções que equilibrem produtividade e sustentabilidade.

Crescimento de defensivos biológicos

Um dos destaques do ano foi o aumento na liberação de defensivos biológicos, que representaram 30% do total de registros. Esses produtos, considerados menos agressivos ao meio ambiente, têm ganhado espaço no mercado como alternativa aos agrotóxicos tradicionais. Especialistas apontam que a tendência reflete uma mudança no perfil do consumidor e a pressão por práticas agrícolas mais sustentáveis.

Agrotóxicos tradicionais ainda dominam

Apesar do avanço dos biológicos, os agrotóxicos convencionais continuam sendo a maioria dos produtos liberados. Em 2024, foram registrados 450 novos agrotóxicos, muitos deles com princípios ativos já utilizados no mercado internacional. O governo federal justifica a liberação como necessária para garantir a competitividade do agronegócio brasileiro, um dos pilares da economia nacional.

Impactos ambientais e sociais

A liberação recorde de agrotóxicos reacendeu o debate sobre os impactos ambientais e à saúde humana. Organizações ambientalistas criticam a velocidade das aprovações, alegando que o processo pode não considerar adequadamente os riscos associados. Por outro lado, representantes do setor agrícola defendem que os produtos são essenciais para o controle de pragas e doenças, garantindo a segurança alimentar e a rentabilidade dos produtores.

Perspectivas para 2025

Com o crescimento do mercado de defensivos biológicos e a manutenção da demanda por agrotóxicos tradicionais, a tendência é que o setor continue em expansão. Especialistas sugerem que políticas públicas e investimentos em pesquisa podem acelerar a transição para modelos mais sustentáveis, alinhando produtividade e preservação ambiental.

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