Estudo revela impacto das Terras Indígenas na chuva que rega a economia do Brasil

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Preservação das Terras Indígenas é essencial para segurança hídrica e alimentar - Foto: Marcello Casal Jr/ABr

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Um estudo inédito conduzido por cientistas brasileiros apontou que as Terras Indígenas (TIs) da Amazônia têm papel crucial no ciclo de chuvas que abastecem 80% das áreas agropecuárias do Brasil. Em 2021, essa dinâmica natural gerou R$ 338 bilhões em renda para o setor agrícola, representando 57% do total nacional.

Impacto das chuvas recicladas

As TIs contribuem para a formação dos “rios voadores”, que transportam a umidade da Amazônia para outras regiões, como o Centro-Oeste e o Sul. Em estados como Acre, Mato Grosso e Paraná, até 30% da chuva anual é originada pela reciclagem de água das florestas indígenas. Essa contribuição é vital para a agricultura e a pecuária, que estão entre as atividades que mais dependem de água no Brasil.

Riscos do desmatamento

O estudo alerta que a degradação e o desmatamento nas TIs comprometem o ciclo de chuvas, ameaçando a segurança hídrica e a produção agropecuária. Rondônia e Mato Grosso, entre os estados mais beneficiados pelas chuvas, estão também entre os que mais desmataram desde 1985.

Proposta interdisciplinar

Realizada pelo grupo de pesquisa do Instituto Serrapilheira, a análise utilizou dados de fontes como MapBiomas, IBGE e Funai, combinando conhecimentos de ecologia, hidrologia, economia e antropologia. O trabalho foi endossado por especialistas renomados, como Carlos Nobre e Paulo Artaxo, e reforça a necessidade de proteger as TIs como estratégia para conservar a Amazônia e fortalecer a economia.

Com informações do Instituto Serrapilheira

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