De acordo com especialistas da USP de Ribeirão Preto, o consumo inadequado de iodo na gravidez pode levar a aborto, parto prematuro e comprometimento no desenvolvimento neuropsicomotor do feto. Esse micronutriente é essencial para a produção dos hormônios tireoidianos, fundamentais para o crescimento e a orientação dos processos metabólicos durante a gestação.
Quais são os riscos para a mãe e a criança
A insuficiência de iodo na gestação está associada ao elevado risco de complicações como pré-eclâmpsia, parto prematuro e baixo peso ao nascer, ao atraso cognitivo irreversível no bebê, com impacto no desenvolvimento neuropsicomotor e, caso a deficiência ocorra durante a amamentação, o nível de iodo no leite materno pode cair até 50%, afetando diretamente a nutrição do bebê.
Panorama global e nacional da deficiência
Estudos internacionais e nacionais reportam que entre 30% e 70% das gestantes brasileiras apresentam deficiência iódica, mesmo com sal iodado disponível. A iodação do sal é uma condição necessária, mas não suficiente para garantir os níveis adequados desse mineral para todas as gestantes.
Recomendações para garantir a saúde materno-infantil
Para evitar prejuízos, especialistas recomendam a utilização do sal iodado corretamente armazenado, longe de calor e umidade, a suplementação médica, conforme necessidade individual e incluir na dieta alimentos ricos em iodo, como peixes, frutos do mar, ovos e laticínios.
Essas medidas ajudam a reduzir os riscos mencionados e atendem à recomendação de 250 µg/dia de iodo na gravidez, conforme a OMS.






