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Especialistas alertam sobre riscos de prescrições inadequadas de medicamentos para idosos

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Foto: Shvets Production/Pexels

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Um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) alerta para os riscos associados à prescrição de medicamentos potencialmente inapropriados (MPIs) para idosos. Essas drogas, quando utilizadas sem critérios adequados, podem causar efeitos colaterais graves, interações perigosas e até mesmo agravar condições de saúde preexistentes. A pesquisa reforça a necessidade de cautela e avaliação individualizada antes de prescrever remédios para essa faixa etária.

De acordo com os especialistas, idosos são mais vulneráveis aos efeitos adversos de medicamentos devido a mudanças fisiológicas naturais do envelhecimento, como a redução da função renal e hepática. Além disso, a polifarmácia – uso simultâneo de vários medicamentos – é comum nessa população, aumentando o risco de interações negativas.

O estudo da USP destaca que alguns medicamentos amplamente utilizados, como benzodiazepínicos (Alprazolam, Bromazepam, Clonazepam, Diazepam, Lorazepam, Cloxazolam, Flurazepam, Quazepam, Cinazepam, Cinolazepam, por exemplo), anti-inflamatórios não esteroides – AINEs – (Advil, Naprosyn, Aleve, Voltaren,  Cataflam, aspirina ou ácido acetilsalicílico (AAS) e Celebra, por exemplo) e anticolinérgicos (Nytol, Sleepeaze, NightAid, Phenergan, Sominex, Night Nurse, Biperideno, Triexafenidil, Oxibutinina, Glicopirrolato e Atropina, por exemplo), estão entre os mais problemáticos para idosos. Essas substâncias podem causar desde quedas e confusão mental até complicações cardiovasculares e gastrointestinais.

Para reduzir os riscos, os pesquisadores recomendam a adoção de listas atualizadas de MPIs, como a lista de Beers, que orienta profissionais de saúde sobre quais medicamentos devem ser evitados ou usados com precaução em idosos. Além disso, é fundamental que médicos, farmacêuticos e cuidadores trabalhem em conjunto para revisar regularmente as prescrições e ajustá-las conforme as necessidades individuais de cada paciente.

A conscientização sobre o tema é essencial para melhorar a qualidade de vida dos idosos e prevenir complicações evitáveis. “É preciso um olhar mais atento e personalizado ao prescrever medicamentos para essa população, considerando não apenas a eficácia, mas também os riscos envolvidos”, destacam os pesquisadores.

O estudo serve como um alerta para profissionais de saúde e familiares, reforçando a importância de um acompanhamento rigoroso e multidisciplinar no cuidado com a saúde dos idosos. Com práticas mais seguras e conscientes, é possível garantir um envelhecimento mais saudável e com menos riscos à saúde.

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