Os cortes de empregos no governo federal, ordenados pela administração Trump, estão atingindo diretamente os parques nacionais do sul da Flórida, incluindo o icônico Parque Nacional Everglades e o Dry Tortugas. Cerca de 20 funcionários, entre guardas florestais e cientistas, foram demitidos, gerando preocupação sobre o futuro da preservação ambiental e dos programas educacionais na região.
Segundo o jornal Miami Herald, os cortes afetam não apenas o Everglades, mas também o Parque Nacional Biscayne, o Big Cypress National Preserve e o Centro de Recursos Naturais do Sul da Flórida. Entre os demitidos estão pesquisadores que realizam estudos sobre a restauração do ecossistema e educadores que trabalham com escolas locais para promover a conscientização ambiental.
Impacto nos Parques e na Comunidade
Os parques nacionais do sul da Flórida são vitais para a preservação da biodiversidade e para o turismo, atraindo visitantes de todo o mundo. No entanto, as demissões ocorrem em um momento crítico, quando os parques enfrentam desafios crescentes, como espécies invasoras e os impactos das mudanças climáticas, incluindo o aumento do nível do mar e tempestades mais intensas.
“Estamos preocupados com a perda de informações valiosas e com a capacidade de continuar os esforços de restauração”, disse um cientista que preferiu não se identificar. O Centro de Pesquisa do Parque Nacional Everglades, um dos poucos no país, perdeu metade de sua equipe, incluindo três demitidos e três aposentados antecipadamente.
Reação dos Funcionários e da Comunidade
Os cortes afetaram especialmente funcionários mais jovens, que estavam no início de suas carreiras e traziam entusiasmo e novas ideias para os parques. “Muitas vezes, são pessoas que estão começando, cheias de energia e vitalidade. Essas demissões são um golpe duro para a educação e a manutenção dos parques”, disse Gary Bremen, um ex-guarda florestal que se aposentou após 36 anos de serviço.
“Essas demissões não afetam apenas os funcionários, mas também os visitantes que dependem dos parques para recreação, educação e conexão com a natureza”, afirmou Rick Mossman, presidente da Associação de Guardas Florestais do Parque Nacional.