Mudanças persistentes no corpo, muitas vezes ignoradas na rotina corrida, podem ser os primeiros sinais de alerta para o desenvolvimento de um câncer. O diagnóstico precoce é um dos principais fatores para o sucesso do tratamento, e saber reconhecer esses indícios é fundamental para buscar ajuda médica a tempo.
Reportagem do UOL mostra que o oncologista Artur Malzyner, da CPO (Clínicas de Oncologia Integradas), detalhou quais manifestações merecem uma investigação aprofundada, ressaltando que a persistência do sintoma é o principal gatilho para a procura de um especialista.
Conheça oito sinais de alerta que não devem ser negligenciados:
1. Emagrecimento sem motivo aparente
A perda de peso não intencional, ou seja, quando não há mudança na dieta ou aumento da prática de exercícios, é um dos sinais mais comuns em diversos tipos de câncer, como os de pâncreas, estômago e pulmão.
2. Fadiga persistente e incapacitante
Não se trata de um cansaço comum após um dia exaustivo. A fadiga oncológica é um esgotamento extremo que não melhora com o repouso e pode ser debilitante, interferindo nas atividades diárias.
3. Dor que não passa
Uma dor contínua e sem causa definida, que pode se manifestar em qualquer parte do corpo, deve ser investigada. Ela pode ser um sintoma de tumores ósseos ou testiculares, por exemplo.
4. Alterações na pele
Manchas que mudam de cor, tamanho ou formato, feridas que não cicatrizam e o surgimento de novas pintas são sinais clássicos que podem indicar câncer de pele, um dos tipos mais comuns no Brasil.
5. Mudanças nos hábitos intestinais e urinários
A presença de sangue nas fezes ou na urina nunca é normal. Além disso, quadros de diarreia ou constipação que se prolongam por semanas, bem como a necessidade constante de urinar, merecem atenção e podem estar associados a tumores colorretais ou de bexiga.
6. Tosse persistente ou rouquidão
Uma tosse que dura mais de três semanas ou uma rouquidão que não melhora podem ser indícios de câncer de pulmão ou de laringe, especialmente em fumantes ou ex-fumantes.
7. Dificuldade para engolir
A sensação constante de que a comida está “presa” na garganta ou no peito, conhecida como disfagia, é um sintoma que pode estar relacionado ao câncer de esôfago ou de garganta.
8. Nódulos, inchaços e sangramentos anormais
Qualquer caroço ou inchaço palpável no corpo, como na mama, testículos ou pescoço, deve ser avaliado por um médico. Da mesma forma, sangramentos incomuns, como os que ocorrem fora do período menstrual ou após a menopausa, precisam de investigação imediata.
Malzyner reforça que a presença isolada de um desses sinais não significa, necessariamente, um diagnóstico de câncer. Contudo, a persistência de qualquer uma dessas alterações por mais de algumas semanas é motivo suficiente para procurar avaliação médica. A investigação profissional é a única forma de confirmar ou descartar suspeitas e, se necessário, iniciar o tratamento o mais rápido possível.
