Na noite de segunda-feira, 11 de março de 2025, a cantora e pastora Baby do Brasil proferiu uma declaração que gerou grande controvérsia durante um culto realizado na casa noturna D-Edge, em São Paulo. A artista, conhecida por sua trajetória na música e sua fé, surpreendeu o público ao afirmar que vítimas de abuso sexual deveriam perdoar seus agressores, mesmo que estes fossem membros da família.
Repercussão negativa e críticas nas redes sociais
A fala de Baby do Brasil rapidamente viralizou nas redes sociais, gerando uma onda de críticas e indignação. Muitos internautas expressaram repúdio à declaração, argumentando que o perdão não deve ser imposto às vítimas, especialmente em casos de violência e abuso. A sugestão de perdoar abusadores foi vista como uma forma de minimizar a gravidade do crime e desencorajar denúncias. Um dos filhos de Baby, Nyrton, também se manifestou publicamente, expressando decepção e afirmando não concordar com as falas de sua mãe.
Dono da balada desiste de eventos evangélicos mensais
Diante da repercussão negativa, o proprietário da D-Edge, Renato Ratier, que também é cristão e havia idealizado o evento “Frequência com Deus“, decidiu cancelar a programação de cultos evangélicos mensais na casa noturna. Ratier enfatizou que a participação de Baby no culto foi algo de última hora e que ele não tinha conhecimento prévio sobre a fala que ela faria. Ele também mencionou que a casa noturna continuará funcionando normalmente, com a venda de bebidas e seu público tradicional.
Análise da declaração e o contexto religioso
A fala de Baby ocorreu durante um momento de pregação, onde a artista incentivava o público a abandonar ressentimentos. Contudo, o contexto da violência sexual e o histórico de minimização de abusos no Brasil, tornaram a declaração extremamente polêmica. A cantora, que já havia causado controvérsia ao falar sobre o apocalipse durante o carnaval, é conhecida por sua forte ligação com a religião evangélica.
O debate sobre perdão e justiça
A fala da cantora reacendeu um debate importante sobre o papel do perdão em casos de abuso sexual. Especialistas e ativistas destacam que o perdão é uma escolha individual e não deve ser imposto. É fundamental que as vítimas tenham o direito de buscar justiça e que os agressores sejam responsabilizados por seus atos. A questão do perdão não deve ser um empecilho para a busca por justiça e a proteção das vítimas de violência.