O preço da carne bovina nos Estados Unidos atingiu níveis recordes em meados de julho. Um pacote de 450 g de carne moída chegou a US$ 6,12, cerca de 11,9% mais caro que um ano antes. O principal fator é a redução do rebanho norte-americano, que atingiu seu menor tamanho em 74 anos.
Tarifas e mosca-da-bicheira agravam situação
Além das tarifas impostas pelo governo Trump aos grandes exportadores, entre eles o Brasil, uma praga emergente pode aumentar ainda mais a pressão sobre os preços. É a mosca-da-bicheira do Novo Mundo, cujas larvas se alimentam de carne viva, diferente da maioria das pragas.
Essa infecção tem se espalhado entre rebanhos no México, levando os EUA a suspender importações de gado mexicano e a implementar restrições adicionais.
Medidas já em ação para conter surto
Com a chegada da screwworm próxima à fronteira sul dos EUA, autoridades locais, como na Flórida, aumentaram a vigilância sanitária e fecharam portos de entrada de gado. Medidas preventivas envolvem também o uso de moscas estéreis no Texas, técnica já aplicada com sucesso para evitar infestações.
Por que isso afeta o mercado global?
- Menor rebanho reduz oferta doméstica e eleva preços internos.
- Tarifas elevadas empurram mais demanda para mercados alternativos, beneficiando produtores brasileiros, mas elevando preços globais.
- Surtos de pragas como a mosca-da-bicheira aumentam os custos sanitários e logísticos, com risco de exportações suspensas.
O que esperar?
Prováveis consequências nos EUA:
- Alta continuada nos preços da carne para o consumidor.
- Novos reajustes caso a mosca-da-bicheira se espalhe.
- Empenho do setor em políticas de biossegurança para conter surtos e reduzir impactos.