O filme brasileiro “Ainda Estou Aqui” alcançou um marco inédito na história do cinema nacional ao receber três indicações ao Oscar 2025. A produção concorre nas categorias de Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz, esta última para Fernanda Torres, que ganhou o Globo de Ouro deste ano por sua atuação no filme.
A premiação será realizada no dia 2 de março, em Los Angeles, com apresentação de Conan O’Brien.
Um marco para o cinema brasileiro
Dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres, “Ainda Estou Aqui” é o primeiro longa-metragem brasileiro a atingir esse nível de reconhecimento. Inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, o filme narra a trajetória de Eunice Paiva (vivida por Fernanda Torres), que, após o assassinato de seu marido, Rubens Paiva (Selton Mello), durante a ditadura militar, transforma-se em uma das principais ativistas dos Direitos Humanos no Brasil.
Além das indicações ao Oscar, a obra também concorre ao BAFTA, premiação britânica marcada para o dia 16 de fevereiro.
Concorrentes de peso
Na disputa por Melhor Filme, “Ainda Estou Aqui” enfrenta produções de destaque, como:
- Anora
- O Brutalista
- Um Completo Desconhecido
- Conclave
- Duna: Parte 2
- Emilia Pérez
- Nickel Boys
- A Substância
- Wicked
Já na categoria de Melhor Atriz, Fernanda Torres concorre ao lado de Mikey Madison (Anora), Demi Moore (A Substância), Karla Sofía Gascón (Emilia Pérez) e Cynthia Erivo (Wicked).
Histórico do Brasil no Oscar
Apesar de nunca ter vencido uma estatueta, o Brasil soma 13 indicações ao longo da história do Oscar. Na categoria Melhor Filme Internacional, o país contabiliza cinco nomeações:
- O Pagador de Promessas (1963);
- O Quatrilho (1996);
- O Que É Isso, Companheiro? (1998);
- Central do Brasil (1999);
- Ainda Estou Aqui (2025).
Fernanda Montenegro, mãe de Fernanda Torres, foi indicada a melhor atriz em 1999 por Central do Brasil.