A usina nuclear Angra 3, localizada em Angra dos Reis (RJ), avança em sua construção após anos de paralisações e controvérsias. O presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo, declarou que a conclusão está em ritmo positivo, com previsão de retomada das obras em 2025. A planta, que teve sua construção iniciada na década de 1980, encontra-se 68% concluída e exigirá um investimento de aproximadamente R$ 23 bilhões para ser finalizada.
A usina será parte estratégica da matriz energética brasileira, contribuindo para a transição rumo a fontes mais limpas e seguras. Com capacidade para gerar 1.405 MW, Angra 3 deve atender cerca de 6 milhões de pessoas. A iniciativa também promete gerar mais de 7 mil empregos diretos e indiretos, um impacto relevante para a economia local.
Entretanto, o projeto ainda enfrenta desafios. Críticas ambientais, custos elevados e atrasos históricos levantam questões sobre a viabilidade da obra. Ambientalistas apontam o risco de impactos na biodiversidade local e pedem maior transparência no processo de retomada.
Por outro lado, defensores da energia nuclear destacam sua eficiência e papel crucial na diversificação energética do país. O Brasil possui uma das maiores reservas de urânio do mundo, recurso essencial para a operação de Angra 3, o que reduz a dependência de combustíveis fósseis e aumenta a segurança energética.
A retomada de Angra 3 reflete uma mudança na visão do governo sobre energia nuclear, que, após anos de estagnação, voltou ao centro das discussões. Além de Angra 3, o país avalia a expansão do setor com novos projetos nucleares.
Com a conclusão prevista para 2030, Angra 3 será a terceira usina nuclear do Brasil. Sua operação será decisiva para equilibrar a geração de energia em um contexto de mudanças climáticas e crescente demanda.
Com informações da Sputnik Brasilhttps://noticiabrasil.net.br/20241121/angra-3-expectativa-de-conclusao-e-positiva-diz-presidente-da-eletronuclear-a-sputnik-videos-37440546.html
