Trump quer ‘Golfo da América’ e não descarta força militar no Panamá e na Groelândia

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Foto: RS/Fotos Públicas

A 13 dias de tomar posse, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, em uma coletiva de imprensa realizada em Mar-a-Lago, na terça-feira (7), gerou controvérsia ao anunciar sua intenção de renomear o Golfo do México para “Golfo da América”. Além disso, Trump não descartou o uso de força militar para recuperar o controle do Canal do Panamá e da Groenlândia, reacendendo debates sobre política externa e geopolítica.

Mudança de Nome e Implicações Geopolíticas

Durante a coletiva, Trump justificou a mudança de nome do Golfo do México alegando que “é apropriado, pois o México tem um déficit comercial enorme conosco”. A afirmação sugere uma possível ligação entre a mudança de nome e disputas econômicas com o país vizinho. No entanto, não foram esclarecidas as implicações práticas da mudança, ou se haverá alterações na soberania da área. O Golfo do México, um dos maiores do mundo, é compartilhado por países da América do Norte e Central e possui grande importância econômica devido à exploração de petróleo.

Canal do Panamá e Groenlândia: Alvos de Possíveis Ações

Trump voltou a mencionar o Canal do Panamá, enfatizando que o canal “foi construído para o Exército dos EUA e é vital ao nosso país”. O republicano criticou a administração atual do canal, pelo governo panamenho, insinuando um controle chinês, o que não foi confirmado por nenhuma evidência. Trump também não descartou usar medidas coercivas militares ou econômicas para retomar o controle do canal ou da Groenlândia, território administrado pela Dinamarca.

Ameaças ao Hamas e Reféns em Gaza

O presidente eleito também dirigiu duras ameaças ao Hamas, exigindo a libertação dos reféns israelenses em Gaza até sua posse, marcada para 20 de janeiro. Trump prometeu “abrir as portas do inferno no Oriente Médio” caso suas exigências não sejam atendidas, demonstrando uma postura intransigente em relação à crise.

Outras Declarações Polêmicas

Além desses pontos, Trump fez outras declarações notáveis durante a coletiva:

  • Críticas a Joe Biden: Trump acusou o atual presidente de “não saber fazer nada” e afirmou que a guerra na Ucrânia não teria acontecido em seu governo.
  • Fusão com o Canadá: Trump sinalizou que considera usar “força econômica” para unir os EUA e o Canadá, descrevendo a fronteira como “artificial” e criticando o déficit comercial com o país.
  • Reversão de Políticas Ambientais: O presidente eleito prometeu revogar imediatamente o banimento da exploração de petróleo em áreas costeiras dos EUA, assinado recentemente por Biden.
  • Perdões em Massa: Trump reafirmou sua intenção de conceder “perdões em massa”, incluindo os condenados pela invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.
  • Sanções à Dinamarca: Trump acenou a possibilidade de sanções econômicas à Dinamarca em relação ao controle da Groenlândia.
  • Otan: Criticou os gastos da Otan, sugerindo reduções financeiras à aliança militar.
  • Investigações: Desqualificou as investigações lideradas pelo agente especial Jack Smith, chamando-as de “caça às bruxas fraudulenta”.
  • ‘Era de Ouro’: Trump afirmou que os EUA estão entrando na “Era de Ouro”.

As declarações de Donald Trump, nesta coletiva de imprensa, reacenderam debates sobre a política externa dos EUA, seu relacionamento com a América Latina e suas estratégias para crises internacionais. As ameaças ao Hamas, a mudança de nome do Golfo e as declarações sobre o Canal do Panamá e a Groenlândia geraram incertezas sobre como será o governo de Trump a partir de sua posse.

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