SÃO PAULO – O agronegócio paulista registrou um superávit de US$ 16,8 bilhões, em sua balança comercial nos primeiros seis meses de 2025. O resultado positovo é fruto de exportações que somaram 21,15 bilhões, contra importações de US$ 4,34 bilhões. O setor foi responsável por 40,3% de todas as exportações do estado no período.
A análise, elaborada pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento, mostra que o complexo sucroalcooleiro (açúcar e etanol) e o setor de carnes foram os principais motores do desempenho. Juntos, eles responderam por quase 45% de todo o valor exportado pelo agro paulista.
Os cinco principais grupos de produtos exportados foram:
- Complexo sucroalcooleiro: US$ 6,32 bilhões (29,9%)
- Carnes (principalmente bovina): US$ 3,15 bilhões (14,9%)
- Produtos florestais (celulose e papel): US$ 2,21 bilhões (10,5%)
- Sucos (principalmente de laranja): US$ 2,15 bilhões (10,2%)
- Complexo soja: US$ 2,10 bilhões (9,9%)
China lidera e tarifa dos EUA afeta vendas
A China se consolidou como o principal destino dos produtos paulistas, com 24,2% de participação, comprando principalmente soja, carnes e açúcar. A União Europeia (14,4%) e os Estados Unidos (12,7%) vêm na sequência.
A relação com os EUA, no entanto, vive um momento delicado. Apesar de um crescimento de 13% no acumulado do ano, as exportações para o país foram impactadas por um tarifaço de 50% imposto pelo governo americano em agosto. Como resultado, as vendas para os EUA em agosto e setembro caíram 14,2% e 32,7%, respectivamente, na comparação com os mesmos meses de 2024.
Segundo o diretor da Apta, Dr. Carlos Nabil Ghobril, o impacto foi menor que o esperado porque o volume foi redirecionado para outros mercados, como a própria China, México e Argentina.
Destaque nacional
No cenário brasileiro, São Paulo se manteve como o segundo maior exportador do agronegócio, com 16,7% de participação, ficando atrás apenas do Mato Grosso (17,4%).
