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Jundiaí registra morte por metanol. Homem de 37 anos ficou 11 dias internado

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Imagem gerada por IA

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JUNDIAÍ – A Prefeitura de Jundiaí confirmou, na tarde da terça-feira (14), a morte de um homem de 37 anos que estava internado com um quadro de intoxicação por metanol. A vítima permaneceu hospitalizada por 11 dias no Hospital São Vicente de Paulo, entre 3 e 14 de outubro.

Vigilância Epidemiológica do município já havia confirmado à família que a causa da internação era o envenenamento pela substância tóxica. Segundo relatos de familiares à Polícia Civil, o homem morava sozinho na região do bairro do Retiro.

O caso será investigado pelo 5º Distrito Policial de Jundiaí. A autoridade policial solicitou ao Instituto Médico Legal (IML) a coleta de amostras para exames toxicológicos e de vísceras, que serão analisados na capital. Os laudos devem levar cerca de 30 dias para serem concluídos.

Crise nacional de contaminação

A morte em Jundiaí se insere em um contexto de crise nacional de contaminação de bebidas alcoólicas por metanol. Segundo o Ministério da Saúde, o país já soma 213 notificações de intoxicação, com 32 casos confirmados e dezenas de mortes em investigação. Apenas no estado de São Paulo, já são 22 casos em apuração.

As investigações apontam que o metanol, um álcool de uso industrial, estaria sendo desviado de sua rota legal —empresas químicas e de biodiesel— para ser usado na adulteração de bebidas e combustíveis, com suspeita de envolvimento do crime organizado.

Sintomas e prevenção

As autoridades de saúde alertam para os sintomas da intoxicação, que podem ser confundidos com uma forte ressaca. Os sinais incluem dor de cabeça intensa, náuseas, tontura e, principalmente, alterações visuais, como visão turva ou embaçada.

Esses sintomas costumam se manifestar entre 12 e 24 horas após o consumo da bebida contaminada. A recomendação é procurar atendimento médico imediato ao menor sinal de suspeita, pois o tratamento rápido é crucial para evitar sequelas graves, como a cegueira permanente, e a morte.

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