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Edital em Sorocaba exige porte de arma para diretor de escola

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Ilustração gerada por IA

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A Prefeitura de Sorocaba publicou um edital de concurso público para cargos de gestão na área da Educação, como diretor e vice-diretor de escola, com uma exigência bizarra e alarmante: que os candidatos estivessem aptos a portar arma de fogo. Após a repercussão negativa, a administração admitiu se tratar de um erro e retificou o documento.

O requisito surreal no edital

O item controverso aparecia na lista de requisitos básicos para a inscrição, ao lado de exigências comuns como ter 18 anos e estar em dia com a Justiça Eleitoral. A letra “L” do item 2.3 determinava que o candidato deveria “estar apto para portar arma”, causando perplexidade entre educadores e a sociedade civil.

Prefeitura admite o erro e volta atrás

Questionada sobre a exigência, a Secretaria de Recursos Humanos da prefeitura afirmou que constatou “erros” no edital e publicou uma versão corrigida na noite de quinta-feira (11), excluindo o item. O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SSPMS) se manifestou, afirmando que tomaria “medidas cabíveis” caso a correção não fosse feita.

Especialista critica: “Arma e escola são coisas dissociadas”

Para Fernando Cássio, professor da Faculdade de Educação da USP, a exigência, mesmo que por engano, não faz o menor sentido. “Arma e escola são coisas totalmente dissociadas”, afirmou, ressaltando que profissionais da educação não são da área de segurança. Ele destacou que o erro reflete, de forma preocupante, o debate sobre a militarização do ambiente escolar.

Por que isso importa

O caso vai além de um simples erro de “copia e cola” em um documento oficial. Ele expõe uma grave falha administrativa e, mais profundamente, toca em uma ferida aberta na sociedade brasileira: o debate sobre armas e a segurança nas escolas. A polêmica, mesmo que gerada por um engano, serve como um alerta sobre a importância de manter o ambiente escolar como um espaço de educação e acolhimento, e não de violência, reforçando a vigilância da sociedade sobre os atos do poder público.

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