O ano de 2025 começou com excelentes notícias para a economia brasileira. O setor público consolidado, que engloba União, estados, municípios e empresas estatais, registrou um superávit primário impressionante de R$102,1 bilhões.
Desempenho detalhado por setor
O Banco Central detalhou o desempenho de cada esfera do setor público:
- Governo Central: O Governo Central, composto pelo Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, liderou o resultado positivo com um superávit expressivo de R$ 83,1 bilhões.
- Governos Regionais: Os governos estaduais e municipais também contribuíram de forma relevante, registrando um superávit de R$ 22,0 bilhões.
- Empresas Estatais: As empresas estatais foram o único setor a apresentar déficit, com um valor relativamente baixo de R$ 1 bilhão.
Impacto no déficit primário e juros nominais
No acumulado de 12 meses, o déficit primário atingiu R$ 45,6 bilhões em janeiro, equivalente a 0,38% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse número demonstra uma trajetória de melhora na gestão fiscal do país.
Os juros nominais do setor público consolidado somaram R$ 79,9 bilhões registrados em janeiro de 2024. Essa diminuição foi impulsionada, em grande parte, pelo resultado positivo das operações de swap cambial, que geraram um ganho de R$ 10 bilhões no ano anterior.
Resultado nominal e dívida pública
O resultado nominal, que inclui o resultado primário e os juros nominais, foi superavitário em R$ 956,5 bilhões (8,05% do PIB), mostrando uma ligeira redução em relação a dezembro de 2024 (8,45% do PIB).
A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) atingiu R$ 7,2 trilhões em 2024, representando 60,8% do PIB. O BC destacou que esse resultado foi influenciado principalmente pelo superávit primário, pela variação do PIB nominal, pela valorização cambial e pelos juros nominais apropriados.
Dívida bruta em queda
A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), que abrange o governo federal, o INSS e os governos estaduais e municipais, alcançou R$ 8,9 trilhões em janeiro, correspondendo a 75,3% do PIB. Esse valor representa uma redução de 0,8 ponto percentual em relação ao mês anterior, impulsionada por resgates líquidos de dívida, variação do PIB nominal, valorização cambial e juros nominais apropriados.
Em resumo, os dados divulgados pelo Banco Central revelam um início de ano promissor para as contas públicas brasileiras, com um superávit primário robusto e indicadores de dívida em trajetória de melhora. Esse cenário positivo contribui para a estabilidade econômica e o crescimento sustentável do país.